C.8.1-Do início no Brasil ao estágio atual em Minas Gerais
Os primeiros registros de doentes de lepra no Brasil datam de 1696, por ação do militar e sertanista português Artur de Sá e Menezes, Governador da província do Rio de Janeiro.
O sistema isolacionista compulsório dos doentes em hospitais-colônia, teve início em 1930, no Estado de São Paulo, modelo adotado posteriormente em todo o Brasil.
Em 1932 começa a construção dos preventórios ou educandários, por iniciativa da paulistana Eunice Weaver, esposa do missionário metodista americano Charles Anderson Weaver, professor do Colégio Granbery, em Juiz de Fora. A finalidade destes estabelecimentos, administrados pela Federação das Sociedades Eunice Weaver, era acolher as crianças retiradas de seus pais nas colônias. Para atender a área da Colônia Padre Damião surgiu o Educandário Carlos Chagas, em Juiz de Fora. Ao todo são 27 unidades em todo o país, atualmente com outra missão social.
Dos 101 hospitais-colônia outrora construídos no Brasil, 33 continuam parcialmente ativos.
Estes abrigam antigos doentes que passaram longos anos nas colônias e hoje não têm para onde ir, além de ex-pacientes que saíram, com alta médica oficial, mas acabaram retornando por falta de condições de adaptação e sobrevivência na ex-terra natal.
Em Minas Gerais restam 4 unidades, com a nova denominação prevista no Decreto Estadual Nº 44.466, de 16 de fevereiro de 2007, compondo o Complexo de Reabilitação e Cuidado ao Idoso:
1. CSPD-Casa de Saúde Padre Damião, em Ubá.
2. CSSF-Casa de Saúde Santa Fé, em Três Corações;
3. CSSFA-Casa de Saúde São Francisco de Assis, em Bambuí;
4. CSSI-Casa de Saúde Santa Isabel, em Betim.
C.8.2-Fhemig-Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais
A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais - FHEMIG é a maior rede de hospitais públicos da América Latina. Criada em 1977 pela Lei 7.088/77, de 03-10-77, é atualmente mantenedora da Administração Central, de 20 Unidades assistenciais com atendimento 100% SUS (9 na capital e 11 no interior) e do MG Transplantes, constituindo-se em uma extensa rede de cinco complexos assistenciais.
Endereços / Contatos:
1-Fhemig: Alameda Álvaro Celso,100-Sta. Efigênia/Belo Horizonte-MG
CEP 30150-260-Telefone: 31-3239-9500-Site: www.fhemig.mg.gov.br
2-Casa de Saúde Padre Damião: Rodovia Ubá-J.Fora, km 6-ZR-Ubá/MG-CEP 36500-000
Telefone: 32-3533-8800-E-mail: spd.direcao@fhemig.mg.gov.br
C.8.3-Síntese da Rede Física da CSPD (04/09):
01 Prédio do Hospital Geral (ala reformulada) com 35 leitos; 03 Pavilhões para pacientes asilares Masculino; 01 Pavilhão para pacientes asilares Feminino; 22 Pavilhões residenciais coletivos para casais e solteiros (Área Comunitária); 01 Pavilhão adaptado para Reabilitação/Fisioterapia; 01 Pavilhão adaptado para Atendimento Psicossocial; 03 Pavilhões em uso por Entidades Diversas; 03 Pavilhões desativados ou em Reforma; 01 Pavilhão para Atividades Comerciais; 01 Bloco do SND-Serviço de Nutrição e Dietética (Cozinha/Refeitório); 02 Blocos para Almoxarifado; 01 Bloco Administrativo Interno e Laboratório; 01 Bloco Administrativo Externo; 01 Bloco de Materiais e Serviços; 01 Bloco para Lavanderia e Sala de Costura; 01 Sapataria Ortopédica; 01 Capela Velório; 01 Central de Material de Esterilização (CME); 01 Área para Setor de Transporte e Garagem; 01 Bloco c/ 2 lares abrigados para casais; 01 Estação de Tratamento de Água; 01 Área comunitária com residências familiares (casas particulares); 04 Templos religiosos; 01 Salão de Festas e Centro Comunitário; 09 Estabelecimentos comerciais diversos; 01 Estádio de Futebol com anexos; 02 Sedes de Clubes Esportivos.
C.8.4-Clientela: perfil, detalhes e problemas:
C.8.4.1-Na microrregião de Ubá:
Com as mudanças atuais e a expansão da rede Fhemig, o atendimento ambulatorial e de internamento no hospital geral pelo sistema 100% SUS, se destina aos usuários moradores dos povoados adjacentes e das cidades da microrregião de Ubá, numa abrangência de 20 municípios e média de 300.000 habitantes.
Detalhe importante é a concepção renovada que aos poucos vai se propagando nas cidades da área de abrangência, sinalizando para as administrações municipais a importância de parcerias e para a Fhemig o objetivo permanente de focar a aplicação de recursos na ampliação, manutenção e qualidade dos serviços.
Fato novo para as administrações seria a necessidade de maior integração da rede municipal e regional com a CSPD-Fhemig para capacitação, treinamentos e reciclagens dos profissionais de saúde, visando melhor orientação ou encaminhamento, êxito no atendimento ou acompanhamento dos usuários.
Como um dos problemas, talvez fosse interessante incentivar soluções conjugadas nas linhas de transporte intermunicipal para facilitar o acesso ao atendimento.
C.8.4.2-Na ex-Colônia Padre Damião:
A clientela é formada de dois segmentos:a)pacientes crônicos remanescentes do antigo internamento compulsório em regime asilar ou semiasilar num total de 173, com projeção decrescente, assistidos pela Fhemig via sistema de AIH5, do Governo Federal; b)moradores, familiares ou não de pacientes, perfazendo um total de aproximadamente 900 pessoas, de todas as idades, entre as quais 206 crianças cadastradas de 0 a 14 anos.
Nesta área interna há uma grande diversidade de situações. São usuários dos serviços, moradores internos ou não, procedentes de várias cidades e regiões do Brasil, com suas diferenças sócio-econômicas e culturais.
Os primeiros registros de doentes de lepra no Brasil datam de 1696, por ação do militar e sertanista português Artur de Sá e Menezes, Governador da província do Rio de Janeiro.
O sistema isolacionista compulsório dos doentes em hospitais-colônia, teve início em 1930, no Estado de São Paulo, modelo adotado posteriormente em todo o Brasil.
Em 1932 começa a construção dos preventórios ou educandários, por iniciativa da paulistana Eunice Weaver, esposa do missionário metodista americano Charles Anderson Weaver, professor do Colégio Granbery, em Juiz de Fora. A finalidade destes estabelecimentos, administrados pela Federação das Sociedades Eunice Weaver, era acolher as crianças retiradas de seus pais nas colônias. Para atender a área da Colônia Padre Damião surgiu o Educandário Carlos Chagas, em Juiz de Fora. Ao todo são 27 unidades em todo o país, atualmente com outra missão social.
Dos 101 hospitais-colônia outrora construídos no Brasil, 33 continuam parcialmente ativos.
Estes abrigam antigos doentes que passaram longos anos nas colônias e hoje não têm para onde ir, além de ex-pacientes que saíram, com alta médica oficial, mas acabaram retornando por falta de condições de adaptação e sobrevivência na ex-terra natal.
Em Minas Gerais restam 4 unidades, com a nova denominação prevista no Decreto Estadual Nº 44.466, de 16 de fevereiro de 2007, compondo o Complexo de Reabilitação e Cuidado ao Idoso:
1. CSPD-Casa de Saúde Padre Damião, em Ubá.
2. CSSF-Casa de Saúde Santa Fé, em Três Corações;
3. CSSFA-Casa de Saúde São Francisco de Assis, em Bambuí;
4. CSSI-Casa de Saúde Santa Isabel, em Betim.
C.8.2-Fhemig-Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais
A Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais - FHEMIG é a maior rede de hospitais públicos da América Latina. Criada em 1977 pela Lei 7.088/77, de 03-10-77, é atualmente mantenedora da Administração Central, de 20 Unidades assistenciais com atendimento 100% SUS (9 na capital e 11 no interior) e do MG Transplantes, constituindo-se em uma extensa rede de cinco complexos assistenciais.
Endereços / Contatos:
1-Fhemig: Alameda Álvaro Celso,100-Sta. Efigênia/Belo Horizonte-MG
CEP 30150-260-Telefone: 31-3239-9500-Site: www.fhemig.mg.gov.br
2-Casa de Saúde Padre Damião: Rodovia Ubá-J.Fora, km 6-ZR-Ubá/MG-CEP 36500-000
Telefone: 32-3533-8800-E-mail: spd.direcao@fhemig.mg.gov.br
C.8.3-Síntese da Rede Física da CSPD (04/09):
01 Prédio do Hospital Geral (ala reformulada) com 35 leitos; 03 Pavilhões para pacientes asilares Masculino; 01 Pavilhão para pacientes asilares Feminino; 22 Pavilhões residenciais coletivos para casais e solteiros (Área Comunitária); 01 Pavilhão adaptado para Reabilitação/Fisioterapia; 01 Pavilhão adaptado para Atendimento Psicossocial; 03 Pavilhões em uso por Entidades Diversas; 03 Pavilhões desativados ou em Reforma; 01 Pavilhão para Atividades Comerciais; 01 Bloco do SND-Serviço de Nutrição e Dietética (Cozinha/Refeitório); 02 Blocos para Almoxarifado; 01 Bloco Administrativo Interno e Laboratório; 01 Bloco Administrativo Externo; 01 Bloco de Materiais e Serviços; 01 Bloco para Lavanderia e Sala de Costura; 01 Sapataria Ortopédica; 01 Capela Velório; 01 Central de Material de Esterilização (CME); 01 Área para Setor de Transporte e Garagem; 01 Bloco c/ 2 lares abrigados para casais; 01 Estação de Tratamento de Água; 01 Área comunitária com residências familiares (casas particulares); 04 Templos religiosos; 01 Salão de Festas e Centro Comunitário; 09 Estabelecimentos comerciais diversos; 01 Estádio de Futebol com anexos; 02 Sedes de Clubes Esportivos.
C.8.4-Clientela: perfil, detalhes e problemas:
C.8.4.1-Na microrregião de Ubá:
Com as mudanças atuais e a expansão da rede Fhemig, o atendimento ambulatorial e de internamento no hospital geral pelo sistema 100% SUS, se destina aos usuários moradores dos povoados adjacentes e das cidades da microrregião de Ubá, numa abrangência de 20 municípios e média de 300.000 habitantes.
Detalhe importante é a concepção renovada que aos poucos vai se propagando nas cidades da área de abrangência, sinalizando para as administrações municipais a importância de parcerias e para a Fhemig o objetivo permanente de focar a aplicação de recursos na ampliação, manutenção e qualidade dos serviços.
Fato novo para as administrações seria a necessidade de maior integração da rede municipal e regional com a CSPD-Fhemig para capacitação, treinamentos e reciclagens dos profissionais de saúde, visando melhor orientação ou encaminhamento, êxito no atendimento ou acompanhamento dos usuários.
Como um dos problemas, talvez fosse interessante incentivar soluções conjugadas nas linhas de transporte intermunicipal para facilitar o acesso ao atendimento.
C.8.4.2-Na ex-Colônia Padre Damião:
A clientela é formada de dois segmentos:a)pacientes crônicos remanescentes do antigo internamento compulsório em regime asilar ou semiasilar num total de 173, com projeção decrescente, assistidos pela Fhemig via sistema de AIH5, do Governo Federal; b)moradores, familiares ou não de pacientes, perfazendo um total de aproximadamente 900 pessoas, de todas as idades, entre as quais 206 crianças cadastradas de 0 a 14 anos.
Nesta área interna há uma grande diversidade de situações. São usuários dos serviços, moradores internos ou não, procedentes de várias cidades e regiões do Brasil, com suas diferenças sócio-econômicas e culturais.
Com o crescimento populacional, a estrutura física e administrativa ficou insuficiente para desenvolvimento de atividades necessárias a um contingente de formação tão diversificada.
Quanto aos detalhes, existem muitos que são preocupantes e precisam ser encarados de frente, alguns deles oriundos do paternalismo governamental, que diante da violência do internamento compulsório, tentava a todo custo distribuir compensações, mesmo com desperdícios se preciso fosse, para dar satisfação à sociedade e consolo geral para as vítimas. Talvez fosse a forma de manter o problema escondido o mais distante possível, como se resolvido estivesse. E era assim que o mundo fazia desde os tempos da Ilha de Molokai. Neste ponto, certamente com a melhor das intenções, a sociedade sempre solidária, mas amedrontada, o que é até humanamente compreensível, acabou sendo usada como instrumento de reforço no esquema estatal.
Passados que foram os anos, ao lado de mudanças e melhorias que, até por questão de justiça, precisam ser reconhecidas e valorizadas, ficaram danos de efeitos duradouros que ainda persistem, tais como: descrença nos princípios de cidadania; acomodação e ociosidade geradas, em parte, pela falta de perspectiva de vida; a permissividade interna acentuada a partir de 1992, sempre solapando as frágeis estruturas sociais e familiares; o clientelismo político que satisfaz a cobiça eleitoreira, mas fomenta discórdia e desunião entre moradores; as mazelas futebolísticas locais que acabam ofuscando a grande contribuição do esporte no trabalho de reintegração social; o uso da situação de alguns moradores internos como massa de manobra por pessoas ou grupos; os reflexos do clima de insegurança reinante no país; a falta de postura objetiva para uma nova realidade que o governo e as pessoas envolvidas evitam enfrentar, mas também não têm para onde fugir; por fim, a teoria escapista de sempre e a perda de tempo à procura de culpados em lugar de soluções.
Os tempos são outros, mas estes problemas existem e dizem respeito a todos. E olha que são problemas desafiadores do imaginário! Por isso o enfrentamento e a busca de soluções tem que ser de todos e por todos, independentemente de origem de culpa ou prova de inocência.
Quanto aos detalhes, existem muitos que são preocupantes e precisam ser encarados de frente, alguns deles oriundos do paternalismo governamental, que diante da violência do internamento compulsório, tentava a todo custo distribuir compensações, mesmo com desperdícios se preciso fosse, para dar satisfação à sociedade e consolo geral para as vítimas. Talvez fosse a forma de manter o problema escondido o mais distante possível, como se resolvido estivesse. E era assim que o mundo fazia desde os tempos da Ilha de Molokai. Neste ponto, certamente com a melhor das intenções, a sociedade sempre solidária, mas amedrontada, o que é até humanamente compreensível, acabou sendo usada como instrumento de reforço no esquema estatal.
Passados que foram os anos, ao lado de mudanças e melhorias que, até por questão de justiça, precisam ser reconhecidas e valorizadas, ficaram danos de efeitos duradouros que ainda persistem, tais como: descrença nos princípios de cidadania; acomodação e ociosidade geradas, em parte, pela falta de perspectiva de vida; a permissividade interna acentuada a partir de 1992, sempre solapando as frágeis estruturas sociais e familiares; o clientelismo político que satisfaz a cobiça eleitoreira, mas fomenta discórdia e desunião entre moradores; as mazelas futebolísticas locais que acabam ofuscando a grande contribuição do esporte no trabalho de reintegração social; o uso da situação de alguns moradores internos como massa de manobra por pessoas ou grupos; os reflexos do clima de insegurança reinante no país; a falta de postura objetiva para uma nova realidade que o governo e as pessoas envolvidas evitam enfrentar, mas também não têm para onde fugir; por fim, a teoria escapista de sempre e a perda de tempo à procura de culpados em lugar de soluções.
Os tempos são outros, mas estes problemas existem e dizem respeito a todos. E olha que são problemas desafiadores do imaginário! Por isso o enfrentamento e a busca de soluções tem que ser de todos e por todos, independentemente de origem de culpa ou prova de inocência.
Sr. Jose onde se lê Complexo de recuperação e cuidado ao idoso,deve ser Complexo de REABILITAÇÃO e cuidado ao idoso.
ResponderExcluirAbraços
A MELHOR MATÉRIA DE TODAS. PURA VERDADE.
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